perspectivas

Domingo, 30 Março 2014

Cada um “puxa a brasa à sua sardinha”

Filed under: A vida custa — O. Braga @ 8:45 pm
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A lengalenga deste verbete — assim como a lengalenga de certos livros publicados — pode ser interpretada de várias formas porque a escrita é propositadamente ambivalente. Quando a crise aperta, “eu quero ganhar mais dinheiro, e os outros que se lixem”; e por isso, aconselho a mudança e critico o status quo utilizando até argumentos racionais: é certo que um professor universitário deve ganhar mais dinheiro do que um professor primário. ¿E não ganha?! Claro que ganha! (mas não é suficiente!). O que incomoda certos professores universitários é estarem metidos no mesmo saco da “ralé” a que se chamam paternalisticamente “cabouqueiros” do Ensino.

¿É verdade que os sindicatos dos professores — os tais “sacos comuns” — estão enfeudados à esquerda marxista? É verdade! ¿E qual é a alternativa que a sociedade oferece, aos professores, para se libertarem desse enfeudamento? É a precariedade generalizada imposta pelo “Estado mínimo” e independentemente da competência (o que interessa ao Estado é a burocracia), ou “Estado exíguo”, segundo o termo de Adriano Moreira.

E é neste contexto do “salve-se quem puder, que se lixem os sindicatos, eu quero a Ordem dos Professores”: é hora de nos distanciarmos da ralé, porque os recursos são poucos e há que mostrar os galões que justificam que os outros — os cabotinos — se dediquem e se reduzam ao seu (deles) cavoucar.

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