As coisas valem aquilo que dão por elas: se alguém der 100 milhões de Euros por um monte de esterco, devemos então concluir que o cagalhão pictográfico colorido tem esse valor. Mas aquela matéria fecal pitoresca plasmada em tela não tem culpa que dêem por ela valores obscenos: a culpa é do filistinismo de uma burguesia acéfala e culturalmente podre que é a causa da decadência cultural europeia a partir do século XIX.
Por exemplo, ainda há pouco tempo saiu a notícia de que foram encontradas “obras de arte” escondidas em um apartamento de um alemão de Munique. Entre essas obras de arte estava um pedaço de arte rupestre do princípio do século XX, de autoria de um espécime do Neandertal que deu pelo nome de Otto Dix, pictograma esse que vemos aqui ao lado. Segundo os entendidos em arte rupestre contemporânea, esse quadro do neolítico actual vale 10 milhões de Euros. Otto Dix fazia parte do movimento Verista que se caracterizava pelo ênfase no feio e no sórdido:
“The verists’ vehement form of realism emphasized the ugly and sordid.[6] Their art was raw, provocative, and harshly satirical. George Grosz and Otto Dix are considered the most important of the verists.”
O australopiteco moderno Otto Dix adoptou, depois, a “Arte DaDA”. O nome “DaDa” é arbitrário: poderia ser, por exemplo, arte “Bilú-Bilú”, ou arte “Piu Piu”, ou arte “Puta que o Pariu” que se caracterizou pela dissolução total de todo e qualquer valor humano nos campos da ética e da filosofia, por um lado, e, por outro lado, pela total negação de tudo o que existiu até ao paleolítico moderno marcado por esse movimento cultural rupícola.
Depois surgiu o Futurismo, a que o pitecantropo Otto Dix também aderiu — já no tempo de Fernando Pessoa adulto e em relação ao qual ele utilizou uma ironia crítica finíssima. O Futurismo é uma espécie de um movimento de hipsters trans-humanistas que viam na tecnologia a destruição da moral e da natureza humanas: o ser humano era visto pelos futuristas como um produto fora de moda e desactualizado.
É neste contexto niilista que surge o Francisco Presunto (para que não se confunda com o emérito epistemólogo Francis Bacon, nascido no século XVI), cujas borras anais impressas valem 100 milhões de Euros.
Culto da morte.
“Todos os que me odeiam amam a morte”. Prov: 8,36b
A medida que o mundo cada vez mais se afasta de Deus, mais comuns as manifestações de amor pela morte se tornam visíveis. Roupas com caveiras, com figuras de demônios, passeata dos zumbis (mortos vivos), tatuagens com imagens de demônios ou de mortos, leis do aborto e eutanásia, etc.
Que Deus nos guarde neste dias ruins, oremos, em Jesus Cristo. Amem. Este texto acima escrevi dias atrás, é verdade quanto a decadência da sociedade, na cultura e na arte.
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Comentar por Lincoln Willian Polycarpo — Sexta-feira, 15 Novembro 2013 @ 5:54 pm |