Quando o Daniel Oliveira solta loas ao Papa Francisco I, alguma coisa está errada: ou o Daniel Oliveira pensa que o Papa se aproxima das teses do Bloco de Esquerda, ou encontra-se num processo de metanóia reaccionária.
É claro que o Daniel Oliveira não se preocupa com a ostentação da pobreza do Papa — porque a pobreza também pode ser ostensiva: por exemplo, a pobreza do cínico: a ostentação da pobreza escondida sob a capa rota e depauperada de Antístenes, o cínico, que, seminu e envolto na sua capa rota, dizia que Platão era um vaidoso e que “se comportava como um cavalo que se pavoneia”. E Sócrates, vendo que Antístenes exibia ostensivamente a parte mais degradada da sua capa, dizia-lhe: “ Vejo, pelo teu manto, ó Antístenes, que procuras a glória!” [citação de Diógenes Laércio].
Pois, assim é: “vejo pelo teu manto, ó Francisco, que procuras a glória!”
O que preocupa Daniel Oliveira é a necessidade da diluição dos símbolos da Igreja Católica. Tudo o que seja a destruição do simbolismo católico é caro a Daniel Oliveira. E por isso é que ele pretende escrever como um católico, sendo ateu e marxista.
E depois, o Daniel fala com toda a veneração possível, na tolerância e na humildade do “querido papa Francisco”.
Ah!, a tolerância! Como é bela a tolerância! E mais bela ainda é a “tolerância repressiva” segundo o evangelho do nosso camarada Marcuse! E mais belo, ainda, foi quando o “nosso querido papa Francisco” despediu dois jornalistas da Rádio Vaticano por lhe tecerem críticas em um jornal da cidade de Roma. É que o “nosso querido papa Francisco” pratica a tolerância boa contra aqueles que praticam a tolerância má.
Tolerância boa e a má. Caracterizam a puta boa e a puta má. Como eu digo: pela distorção da palavra “tolerância, querem transformar a Casa de Deus em “casa de tolerância”…ops, em covil de ladrões (e putas – más ou boas, não importa).
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Comentar por Ebrael Shaddai — Terça-feira, 5 Novembro 2013 @ 6:23 pm |
[…] Este tipo de culto da imagem de um Papa nunca atingiu tamanha dimensão: por exemplo, a João Paulo II foram precisos muitos anos de pontificado e um atentado à sua vida para que pudesse ganhar uma notoriedade que se aproxima de um culto de imagem. Mas o cardeal Bergoglio já era santo antes de ser Papa; que o diga o Daniel Oliveira que o artigo no blogue Logos refere (e que eu referi aqui). […]
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Pingback por O blogue Logos: o cardeal Bergoglio é uma espécie de “santo vivo” | perspectivas — Domingo, 17 Novembro 2013 @ 9:35 am |
[…] Este tipo de culto da imagem de um Papa nunca atingiu tamanha dimensão: por exemplo, a João Paulo II foram precisos muitos anos de pontificado e um atentado à sua vida para que pudesse ganhar uma notoriedade que se aproxima de um culto de imagem. Mas o cardeal Bergoglio já era santo antes de ser Papa; que o diga o Daniel Oliveira que o artigo no blogue Logos refere (e que eu referi aqui). […]
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