Imaginemos a seguinte proposição:
“Existem duas categorias de indivíduos: os que sabem ler e escrever, e os que não sabem. Mas ambas as categorias são equivalentes, porque o analfabetismo é tanto uma forma de estar no mundo como a literacia.”
Se aplicarmos este tipo de raciocínio à arte, é o que é defendido neste postal do Rerum Natura:
as definições estéticas da beleza reduzem-se a duas concepções principais: a primeira, que a beleza é algo que existe em si mesmo, uma manifestação do absolutamente perfeito – da ideia, do espírito, da vontade, de Deus; a outra, que a beleza é um certo tipo de prazer obtido por nós desinteressadamente.
A primeira definição era aceite por Fichte, Schelling, Hegel, Schopenhauer e pelos franceses Cousin, Jouffroy, Ravaisson e outros, sem mencionar os filósofos estetas de segundo plano. Esta mesma definição objectivo-mística da beleza é também aceite pela maior parte das pessoas instruídas da nossa época. É uma concepção de beleza muito difundida, sobretudo entre as pessoas da geração mais velha.
Asegunda concepção de beleza encara-a como um certo tipo de prazer retirado por nós, sem qualquer finalidade ou proveito próprio, encontrando-se predominantemente difundida entre os estetas ingleses e partilhada pela outra metade, geralmente mais jovem, da nossa sociedade.
Exposição artística realizada em 2008 em Portugal, com o patrocínio do ministério da cultura de José Sócrates
Essa é a prova que faltava para refutar a teoria da evolução…
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Comentar por Jeferson Pereira Leal — Terça-feira, 4 Junho 2013 @ 2:39 am |