A monarquia inglesa assenta sobre a liderança da rainha em relação à igreja anglicana. A rainha de Inglaterra é a governadora suprema da igreja anglicana .
Os dois partidos da “direita” inglesa estão divididos quanto à presença de 26 bispos anglicanos na Câmara dos Lordes : os liberais de Nick Clegg querem acabar com a presença dos bispos anglicanos nessa Câmara, e os “conservadores” de David Cameron querem incluir na Câmara a presença de imãs islâmicos. Tanto num caso como noutro, a autoridade religiosa da rainha de Inglaterra sai minada. E é isto a que chamamos hoje de “direita”. Imaginem a presença de chefes religiosos muçulmanos na Câmara dos Lordes da tradicional Inglaterra… ao lado dos bispos anglicanos.
Ninguém deve ser contra a mudança, mas deve saber por que se muda. O que acontece é que hoje é-se a favor da mudança porque está na moda mudar por mudar.
“Os conservadores são aqueles desejam e pretendem que o progresso político ou financeiro da nação se faça por alteração social produzida dentro de moldes políticos e sociais dessa nação”. (…) “Para o conservador, os moldes ficam em forma e em tamanho. Apenas muda o conteúdo.”
(…)
“Os liberais são aqueles que cuja teoria do progresso inculca a ideia de que ele se faz por uma lenta alteração da sociedade, não tanto nem somente dentro de moldes em que essa vida social se encontra vasada”. (…) “Para o liberal, os moldes alargam-se mas a sua forma fica.” – Fernando Pessoa
A julgar pela definição de Fernando Pessoa de conservadores e liberais, hoje não existem, na Europa, nem os primeiros nem os segundos: a “direita” está controlada pelo marxismo cultural, porque tanto uns como os outros tendem a eliminar a forma das instituições.
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