Um certo dia, era então primeiro-ministro António Guterres, viajamos no mesmo avião para Bruxelas. Juntamente com António Guterres ia uma comitiva de que fazia parte António José Seguro.
Pouco tempo depois do avião decolar, Guterres saiu da 1ª classe (onde estava instalado com a sua comitiva e com António José Seguro), veio para a 2ª classe (onde eu estava) e pôs-se à conversa com os passageiros, de pé, no corredor do avião. Atrás de mim (na 2ª classe) estava sentado o deputado europeu Carlos Pimenta do Partido Social Democrata (o ambientalista), e às páginas tantas, António Guterres sentou-se ao lado dele e estiveram os dois em uma amena cavaqueira durante mais de uma hora de voo.
Neste interim, e enquanto Carlos Pimenta e António Guterres conversavam nas cadeiras atrás de mim e me impediam de dormir, António José Seguro veio três vezes à porta da 2ª classe pedir a António Guterres que voltasse à 1ª classe, a que este dizia que “já ia”; mas Guterres não ia. Passado algum tempo, e com ares de animal doméstico, lá aparecia de novo o António José Seguro à porta da 2ª classe com aquele olhar de um cão de “tanto sofrer” a pedir companhia ao dono. E só quando o avião se preparava para aterrar é que Guterres voltou à 1ª classe; ele lá teria as suas razões para fugir de António José Seguro.
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