Portanto, verificamos aqui uma verdade insofismável, que ninguém pode, em boa-fé, negar: o processo da legalização eutanásia, na Holanda, na Bélgica e na Suíça, começou 1/ pelo chamado “testamento vital” para doentes terminais em estado de inconsciência; 2/ depois, foi estendida a pessoas em estado de demência sem prévia autorização do eutanasiado; 3/ depois, foi estendida para as pessoas com doenças terminais mas em estado de consciência; 4/ depois foi estendida para pessoas saudáveis embora idosas, e alegadamente mediante “manifestação da sua autonomia”; 5/ depois foi estendida a pessoas saudáveis e jovens, que sofram de uma depressão psicológica ou tenham algum defeito físico que não coloque em causa a sua vida (como foi o caso dos dois jovens irmãos gémeos belgas eutanasiados por correrem o risco de ficarem ambos cegos); 6/ e finalmente, a eutanásia é agora estendida às crianças com o pressuposto de que resulta de uma “decisão consciente” da criança.
Na Holanda, o progresso e a modernidade é ainda maior: as crianças com deficiências congénitas — por exemplo, espinha bífida ou mongolismo — são eutanasiadas à nascença. A eutanásia obedece a uma confluência de vários interesses: 1/ é um negócio promissor e lucrativo; 2/ é um fenómeno político que decorre do processo actual de demitificação da ciência; 3/ é uma ética negativa, ou seja, um produto de uma mundividência característica do movimento revolucionário e do gnosticismo de todos os tempos. A esta confluência de interesses podemos chamar de “lóbi da eutanásia”.
[…] isso, é loucura alguém pensar que uma decisão tomada, em determinado momento, por uma criança a favor da sua eutanásia é uma decis…. As elites da União Europeia encontram-se hoje no grau mais baixo de indigência intelectual, […]
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