Rosaria Butterfield publica a sua biografia e conta a história de como uma professora britânica de língua inglesa, lésbica aos 28 anos, se converteu ao Cristianismo, apesar de ter que sofrer todos os inconvenientes dessa sua metanóia que implicou a hostilidade acesa do seu círculo de amigos e de contactos pessoais.
Trata-se de um livro politicamente incorrecto e, por isso, subversivo. Hoje, a subversão é politicamente incorrecta. O subversivo é hoje tudo o que se liga intrinsecamente à racionalidade em detrimento do racionalismo cientificista, por um lado, e contra uma certa concepção subjectivista do sentido [da vida], muito actual, e que nega a ciência ou que a coloca radicalmente em causa, por outro lado.
O subversivo é, neste sentido, uma “justa medida” aristotélica que não é exactamente o “meio-termo” — “porque a nossa natureza, desde o início, não se afasta igualmente do termo médio, seja em que caso for” (“Ética a Eudemo”, 5, 1222-35).
Ser subversivo, hoje como sempre, é fazer perguntas. Algumas dessas perguntas incomodam muitas consciências, e por isso é que as perguntas são subversivas. E a julgar por aquilo que li da descrição da auto-biografia de Rosaria Butterfield, o livro é subversivo porque decorre das perguntas que ela fez acerca da sua experiência de vida.
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