Os actuais ideólogos da “economia de mercado” não defendem o mercado, coisa nenhuma; porque rebelando-se radicalmente contra o Estado, não reconhecem uma coisa tão simples como esta: qualquer mercado é sempre regulado por um qualquer Estado, mesmo que não exista grande regulação: mesmo a falta de regulação do mercado por parte do Estado é uma forma de regulação que depende das leis emanadas do Estado.
É neste sentido que o Neoliberalismo é parte do movimento revolucionário. As ideologias de António Borges (Goldman Sachs) e a de Francisco Louçã (Internacional Comunista) são duas faces da mesma moeda.
Resumidamente, podemos encontrar os rastos ideológicos do Neoliberalismo em quatro fontes ideológicas, das mais recentes para as mais antigas: 1/ uma certa interpretação da teoria de Hayek; 2/ a adopção do Objectivismo de Ayn Rand; 3/ o individualismo antropocêntrico ideológico de Nietzsche; 4/ a adopção ad Litteram das ideias do Marginalismo do século XIX.
No meio desta mistela ideológica que sustenta uma certa visão de sinificação da economia global, o liberalismo clássico permanece apenas como um “ruído de fundo” da ideologia neoliberal.
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Pingback por O Neoliberalismo combate o Estado, mas depende do Estado para combater o Estado (2) « perspectivas — Segunda-feira, 26 Novembro 2012 @ 8:39 pm |