Passos Coelho nunca me enganou; e estou convencido de que também não enganou os portugueses em geral, porque o povo está hoje convencido de que os políticos são intermutáveis [tanto faz estar lá um como outro qualquer], o que significa que a III república chegou ao fim, e que a classe política está numa fase de negação.
Curiosamente, parece começar a aparecer o mesmo fenómeno de intermutabilidade dos políticos nos Estados Unidos, quando Mitt Romney aparece o melhor colocado para ganhar as primárias do partido republicano, quando se sabe que Romney e Obama são políticos “primos” e têm muitas posições comuns acerca de assuntos-chave da política americana. A intermutabilidade dos políticos é uma exigência de Bilderberg, nomeadamente de gente como Rothschild, Rockefeller e Soros.
As recentes declarações de Angela Merkel acerca da Madeira vieram de Passos Coelho e da sua entourage. Angela Merkel apenas cuspiu aquilo que ouviu da comandita de Passos Coelho. Não nos podemos esquecer que a primeira coisa que Passos Coelho fez quando chegou à liderança do Partido Social Democrata, foi ir a Espanha dizer que Portugal era uma merda.
Se José Sócrates era um personagem sinistro e truculento, Passos Coelho representa a cobardia e a eminência parda características da política de bas-fond — aliás, muito bem ensinada pelo seu mentor Ângelo Correia. Não foi por acaso que Mário Soares gostava de Passos Coelho. Entre José Sócrates e Passos Coelho existem muitas coisas em comum, e duas delas são a desonestidade e a intermutabilidade; tanto faz estar lá o primeiro como o segundo.
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