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Quarta-feira, 7 Dezembro 2011

A Merkozy insiste no erro

Filed under: Europa,Política — O. Braga @ 7:53 pm
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“Francia y Alemania quieren un impuesto para empresas común para Europa y un impuesto para las transacciones financieras a la vez que una convergencia de la regulación financiera y de los políticas del mercado laboral.”

via Merkel y Sarkozy piden unificar el Impuesto de Sociedades en la UE – Libre Mercado.

Nos Estados Unidos não existe um unanimismo entre os estados federais acerca dos impostos sobre as empresas; pelo contrário, existem políticas de impostos díspares, consoante os estados federais que constituem um mesmo país. O federalismo é também essa liberdade de cada estado federal estabelecer a sua política de impostos sobre as empresas.

Por exemplo, ainda há pouco tempo o estado americano do Wisconsin baixou os impostos das empresas para atrair investimento, e ao mesmo tempo reduziu as despesas com o funcionalismo público que deu origem a greves da função pública e à famigerada fuga dos deputados do partido democrata para o estado vizinho do Michigan, que assim retiraram quórum às decisões políticas do governador estadual republicano [Scott Walker].

Eu não sou federalista europeísta, mas reconheço que a única forma de salvar o Euro são eleições directas para um presidente da União Europeia e simultaneamente eleições para uma câmara baixa e um senado. E é isto que a Merkozy não quer: o que ela quer é 1) manter a soberania da Alemanha [Deutschland Überalles); 2) manter o directório europeu e 3) manter controlo sobre o Banco Central Europeu. Ou seja, o que ela quer é uma espécie de IV Reich.

Adenda: lá se foi a política irlandesa de baixos impostos sobre as empresas pela pia abaixo…

2 comentários »

  1. Caraca essa Merkel se mostra a cada dia que passa, um caso de hospicio, megalomania total.

    Nem em paises-continente com tradição de governo fortemente centralizado(como o caso do Brasil), ou de governo pouco centralizado(como os EUA) tal tipo de coisa existe.

    No Brasil, existe o imposto do ICMS, d’onde deriva maior parte das receitas, esse imposto é regulado individualmente por cada estado, as negociações sobre esse imposto, são bilaterais, e acordados entre os órgãos/governadores dos estados, em outras palavras o governo federal simplesmente não se mete nesta conversa!

    O que Merkel propõe muito diferente disso, ele propõe que as politicas fiscais venham de “cima para baixo”, sob o pretexto de que “a situação é greve”, como “a situção é grave”, então sugere que uma casta de “iluminados”(o que ela chama de “conselho”), tome as redeas de tudo para salvar a “União Européia do fim”. É um enredo tipocamente neo-gnóstico, que encontramos facilmente em movimentos como o Zeitgeist.

    Não há nada de errado em que Europa crie uma politica de união monetária para fazer frente ao Dólar, China, e.t.c., mas outra coisa bem diferente disso, é tirar proveito de um quadro de crise, para criar um clima apocaliptico, e com esse clima apocaliptico criado, justificar uma concentração de poder nas mãos de poucas pessoas. Esse enredo de “salvação nacional” é velho conhecido.

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    Comentar por Marcelo R. Rodrigues — Quarta-feira, 7 Dezembro 2011 @ 10:05 pm | Responder

  2. Exactamente isso: “clima apocalíptico” e salvação escatológica. .

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    Comentar por O. Braga — Quarta-feira, 7 Dezembro 2011 @ 10:18 pm | Responder


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