perspectivas

Quarta-feira, 27 Abril 2011

Vamos todos redefinir a linguagem politicamente correcta

O médico inglês P. J. Saunders, recorrendo ao Urban Dictionary, faz a distinção entre “homofobia” e “homocepticismo”. Segundo o Urban Dictionary, “um homocéptico é alguém que não odeia homossexuais, mas que não concorda com o princípio da homossexualidade em termos morais e/ou éticos”.

Esta é a definição de “homocéptico”, ou seja, é a sua noção.

Saunders elabora o conceito de “homocepticismo” a partir da noção extraída do Urban Dictionary, acrescentando-lhe algumas características secundárias, a ver:

  • A homossexualidade não é determinada geneticamente;
  • A tendência homossexual não é imutável;
  • A tendência sexual não é uma característica biológica — como são características biológicas a raça, o sexo, e a cor da pele ou a cor dos olhos, etc.;
  • A atracção homossexual não deve ser incentivada pelo sistema de ensino; pelo contrário, deve ser contrariada com apoio médico especializado.

Quando alguém te chamar “homófobo”, responde-lhe que és “homocéptico”. Para além de eventualmente poderes baralhar o teu interlocutor, ele vai ser obrigado a dizer que “homofobia” é a mesma coisa que “homocepticismo” — e aí poderás invocar, como toda a legitimidade, o argumento segundo o qual o gayzismo é uma ideologia política totalitária.

17 comentários »

  1. Muchas gracias por este artículo. Lo he compartido en twitter y en facebook. Tretaré de hacer referencia a su contenido en ‘Sentire cum Ecclesia’, mi blog católico de Teología, Filosofía, Cine y Literatura.

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    Comentar por alvaromenendezbartolome — Quarta-feira, 27 Abril 2011 @ 5:41 pm | Responder

  2. Perdón: “tretaré” no existe en español; cometí un error tipográfico en mi anterior comentario: debería decir “trataré” (del verbo ‘tratar’).
    Un saludo.

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    Comentar por alvaromenendezbartolome — Quarta-feira, 27 Abril 2011 @ 5:43 pm | Responder

  3. […] […]

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    Pingback por Anónimo — Quarta-feira, 27 Abril 2011 @ 6:33 pm | Responder

  4. […] de adopção em Inglaterra obedece a critérios políticos gayzistas, impedindo assim que pessoas homocépticas adoptem crianças: ou seja: os gayzistas nem “fazem”, nem “saem de cima”. Portanto, quando […]

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    Pingback por “Coitadinhas das crianças: existem tantas para adopção, por que não a adopção por pares de gays?” « perspectivas — Quarta-feira, 26 Outubro 2011 @ 11:15 am | Responder

  5. Queria alertá-lo de que o Urban Dictionary é um dicionário livre, como a Wikipédia, mas com propósito humorístico, pelo que a sua argumentação não deve partir daí.

    Qualquer homossexual ou simpatizante sabe que a palavra homofobia é hoje em dia usada com outro significado – não descreve apenas alguém que tem efectivamente medo ou ódio por homossexuais, mas sim alguém que demonstre aversão por eles ou que considere a homossexualidade imoral (esta é uma alteração linguística que decorreu naturalmente, não foi convencionada, como o aborto ortográfico).

    As três primeiras “características secundárias” que Saunders acrescenta ao conceito de homocepticismo são falsas. No entanto, concordo com o primeiro período da última característica mencionada – “A atracção homossexual não deve ser incentivada pelo sistema de ensino”. Sendo parte activa do sistema de ensino português, informo-o de que este não incentiva (nem deve incentivar) a atracção homossexual, nem a atracção heterossexual (até porque a orientação sexual é uma característica biológica, não influenciável). Deve simplesmente promover a aceitação dos alunos homo ou bissexuais pela restante comunidade educativa.
    Quanto ao restante conteúdo dessa quarta característica: apoio médico especializado para contrariar a homossexualidade é algo que já muitas vezes foi comprovado que não existe. E mesmo que existisse, seria um desperdício de dinheiro e uma interferência desnecessária na saúde dos “pacientes”.

    Queria ainda salientar que a linguagem utilizada por todo este blog demonstra várias vezes ódio pelos homossexuais, pelo que se pode considerar o “perspectivas” um blogue homofóbico, e não homocéptico.

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    Comentar por tomasbarao — Segunda-feira, 26 Dezembro 2011 @ 7:00 pm | Responder

    1. O Urban Dictionary parte de uma determinada realidade que existe, de facto, e que implica uma determinada cultura que não é fictícia. Se essa cultura é ridícula, risível ou humorística, então também podemos dizer que os sketches de Herman José do “diácono Remédios” não têm nada a ver com a realidade; não devem ser levados a sério, e são apenas humorísticos, fictícios e nada mais do que isso. Pois eu não concordo com esta tese, como é evidente.
    2. A palavra “homofobia” é hoje utilizada com outro significado, não porque o lóbi político gayzista o queira ou tenha desejado, mas porque a intelectualidade homocéptica fez a demonstração prática e racional de que a noção primordial de “homofobia”, segundo os primeiros militantes políticos gayzistas, não fazia sentido.
    3. Não é a homossexualidade que é imoral [como você pretende insinuar]: é um determinado comportamento que pode ser imoral ou não. O comportamento sexual promíscuo de um heterossexual é imoral — e no entanto, não estamos aqui a falar, neste caso, de um homossexual. Portanto, em termos gerais, a “aversão” [para utilizar a sua expressão] a um heterossexual promíscuo não se distingue da “aversão” a um comportamento homossexual promíscuo. Acontece que a promiscuidade sexual é uma das características comuns aos homossexuais sexualmente activos — mas isto daria outra história.
    4. Você pode dizer que A é falso … porque sim! E eu pergunto: “por quê que A é falso?” E você responde: “porque sim, e não se fala mais disso…!” E por isso, as três premissas do Dr. Saunders [porque se trata de um médico inglês] são falsas… porque sim! Eu, assim, não brinco…!
    5. Quando você tiver uma prova científica segundo a qual a existe um “gene homossexual”, por favor venha logo aqui ensinar-me, porque eu gosto muito de aprender. Quando você parte do princípio segundo o qual a homossexualidade tem uma origem genética, ou biológica, parte de um princípio errado porque a ciência não demonstrou essa sua tese. A sua tese baseia-se no cientismo [a ciência manipulada pela política, neste caso, pelo politicamente correcto], e não na ciência propriamente dita.
    6. O seu discurso é ideológico e não se baseia na realidade:

      Salvo raríssimos casos de pessoas que nascem com problemas cromossómicos perfeitamente identificados [por exemplo, XXY], a ciência propriamente dita aponta para a influência decisiva do meio-ambiente e da educação da criança na estruturação da sua identidade [que inclui obviamente a identidade sexual]. Perguntem às crianças vítimas de pedofilia da Casa Pia por que “viraram” homossexuais em adultos. Perguntem.

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    Comentar por O. Braga — Segunda-feira, 26 Dezembro 2011 @ 7:31 pm | Responder

  6. 1. Concordo. Apenas o alertei para a dubiedade do dicionário, no qual eu não me basearia para argumentar. Mas tendo tomado conhecimento da sua perspectiva, retiro o que disse sobre a sua argumentação partir dessa fonte.
    2. A noção primordial de homofobia fazia sentido, o conceito foi simplesmente alargado.
    3. Não insinuei em lugar algum que a homossexualidade era imoral. Apenas disse que o conceito de homofobia abrange quem concorda com esse juízo.
    Dizer que a promiscuidade sexual é comum aos homossexuais sexualmente activos é uma generalização sem fundamento, e um preconceito.
    4. Disse que era falso porque me informei e já vi provas suficientes para acreditar exactamente no contrário do que é dito nesses três primeiros pontos. Não era da minha intenção apresentar os argumentos ou estudos científicos que refutam essas teses, porque o senhor também não apresentou argumentos a favor delas, e assim deduzi que não fosse do seu interesse debater esses assuntos agora.
    5. Cometeu uma [muito óbvia] falácia de apelo à ignorância.
    É verdade que a ciência ainda não descobriu a origem das orientações sexuais. Mas o facto de que a homo e a bissexualidade são incuráveis chega-me para acreditar que se trata de algo biológico.
    6. O ambiente em que se desenvolve uma criança não tem qualquer influência na sua orientação sexual. A homossexualidade existe em outras espécies animais, e presumo que nos ambientes dos seus habitats naturais não hajam influências à sua orientação sexual.
    E o que lhe permite afirmar com tanta certeza que as vítimas de pedofilia da Casa Pia, agora adultas, são homossexuais?
    Definição de homofobia segundo o Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [eis uma fonte fiável]:

    “Repulsa ou preconceito contra a homossexualidade ou os homossexuais.”

    A associação que fez da pedofilia à homossexualidade é preconceituosa, logo, insisto em considerá-lo homofóbico.

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    Comentar por tomasbarao — Segunda-feira, 26 Dezembro 2011 @ 9:16 pm | Responder

  7. Ref. 2. : Uma fobia é algo de irracional. Por exemplo, “aracnofobia” é o medo irracional de aranhas. Uma fobia não é, por si mesma, racionalizada; porque se o fosse, deixaria de ser fobia. Homofobia foi e é uma palavra-mestra na luta política — como é também, por exemplo, “fascista”, ou “nazi”: muitas vezes, quando não se concorda com alguém, chamamos-lhe de “nazi”. A redução ad Hominem do argumentário é uma estratégia política que pretende intimidar o adversário durante um exercício de contraditório.

    Ref. 3.: devemos distinguir a condição homossexual, por um lado, do comportamento e da cultura gay, por outro lado.
    Existem dois tipos de preconceitos: o preconceito negativo e o preconceito positivo. O primeiro é aquele que recusa a discussão — fecha-se em doutrina e transforma-se em dogma. O segundo é aquele que está aberto à discussão racional. Por isso, toda a gente, sem excepção, tem preconceitos. Qual é o seu tipo de preconceito?

    Ref. 4.: o ónus da prova pertence a quem defende que a homossexualidade é de origem genética, e por uma razão muito simples e que se prende com a própria lógica da ciência: as novas teorias têm que ser demonstradas como sendo verdadeiras por quem as defende. Até agora, a ciência não dispõe de evidências nesse sentido — que eu saiba. Temos inclusivamente casos de gémeos idênticos [homozigóticos] que se revelam diferentes.

    Ref. 5: você ponha uma criança de 3 anos a aprender piano, com lições diárias. Ao longo do tempo, essa criança vai desenvolvendo no seu [dela] cérebro áreas próprias de aptidão para o piano e para a música. Ao fim de meia dúzia de anos, é altamente provável que essa criança toque bem piano. Neste sentido, aquilo que você chama de “algo biológico” é apenas fruto da educação e do meio-ambiente. De facto, através do tipo de educação que uma criança recebe, e através das experiências de infância [positivas e negativas], é provável que o cérebro da criança desenvolva determinadas áreas cognitivas em detrimento de outras. Em suma: a homossexualidade, salvo casos excepcionais de problemas cromossómicos, não é inata — pelo menos é isto que a ciência nos diz até agora.

    De resto, se um dia se demonstrar cientificamente que a homossexualidade é de origem genética, vamos ver a comunidade gay alinhar com a Igreja Católica contra o aborto. Seria, no mínimo, irónico…

    Ref. 6.: os animais irracionais não têm cultura [não adquirem cultura], e é absurdo dizer que “existe homossexualidade em outras espécies animais”. Naturalmente que o peixe-palhaço é assexuado; mas o Homem não é um peixe. Naturalmente que leão, não tendo uma fêmea por perto, pode montar um outro leão. De forma semelhante, numa prisão para homens, onde não existem fêmeas, alguém faz de fêmea. Mas o comportamento dito “homossexual” nos animais é um comportamento 1) instintivo, na falta de fêmeas, 2) de afirmação de poder gregário de um macho sobre os outros machos, 3) e é muito excepcional.

    A sociobiologia reduziu o ser humano ao behaviourismo, que é a pior forma de materialismo que pode existir. E a partir daí, a sociobiologia passa a comparar o Homem com um leão, por exemplo, mas esquece-se de dizer que o Homem não mata as crias da fêmea para acasalar com ela — salvo nos casos de psicopatia manifesta. Portanto, qualquer comparação entre o Homem e outro animal qualquer, para justificar um determinado comportamento, é um “falácia naturalista”.

    Por último, os dados estatísticos publicados revelam que nos Estados Unidos, por exemplo, cerca de 1/3 de casos de pedofilia homossexual são perpetrados por homens se dizem homossexuais. A NAMBLA, até há bem pouco tempo, pertenceu à ILGA. Estas estatísticas estão disponíveis na Internet: é uma questão de procurá-las.

    Portanto, quem é preconceituoso é você, porque dogmatizou a sua visão e recusa-se a encarar de frente as evidências. Você vive num mundo construído pelo politicamente correcto e recusa-se a aceitar a realidade tal qual ela é.

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    Comentar por O. Braga — Terça-feira, 27 Dezembro 2011 @ 9:48 am | Responder

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    The Gay Report: Pesquisa de Hábitos Sexuais Gays

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  14. […] A verdade é que este blogue não é homófobo, porque homofobia, por definição é uma fobia: em vez disso, este blogue é homocéptico. […]

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    Pingback por O FaceBook é muito tolerante em relação à pedofilia | perspectivas — Segunda-feira, 1 Julho 2013 @ 9:23 am | Responder

  15. Eu não sei se passados tantos anos vale a pena participar, mas o Sr. tomasbarao diz:
    “Cometeu uma [muito óbvia] falácia de apelo à ignorância.
    É verdade que a ciência ainda não descobriu a origem das orientações sexuais. Mas o facto de que a homo e a bissexualidade são incuráveis chega-me para acreditar que se trata de algo biológico.”

    Como é que se pode dizer que a homo e a bissexualidade são incuráveis? Para alem de existirem inúmeras instituições/organizações de ex gays existem também incontáveis relatos de pessoas (famosas e não) que se curaram. Ex: Saulo Navarro, Joide Miranda, Michael Glatze e outros.

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    Comentar por condegil — Quarta-feira, 20 Novembro 2013 @ 1:51 pm | Responder


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