perspectivas

Sábado, 3 Julho 2010

A diferença entre um conservador e um liberal

« Há muitos motivos para você ser contra o socialismo, mas entre eles há dois que são conflitantes entre si: você tem de escolher. Ou você gosta da liberdade de mercado porque ela promove o Estado de direito, ou gosta do Estado de direito porque ele promove a liberdade de mercado. No primeiro caso, você é um “conservador”; no segundo, é um “liberal”.

(…)

Ou você fundamenta o Estado de direito numa concepção tradicional da dignidade humana, ou você o reinventa segundo o modelo do mercado, onde o direito às preferências arbitrárias só é limitado por um contrato de compra e venda livremente negociado entre as partes.

(…)

O conservadorismo é a arte de expandir e fortalecer a aplicação dos princípios morais e humanitários tradicionais por meio dos recursos formidáveis criados pela economia de mercado. O liberalismo é a firme decisão de submeter tudo aos critérios do mercado, inclusive os valores morais e humanitários.

O conservadorismo é a civilização judaico-cristã elevada à potência da grande economia capitalista consolidada em Estado de direito. O liberalismo é um momento do processo revolucionário que, por meio do capitalismo, acaba dissolvendo no mercado a herança da civilização judaico-cristã e o Estado de direito. »

— Olavo de Carvalho, “Por que não sou liberal” ; ler o resto.

Lendo esse texto de Olavo de Carvalho, passamos todos a perceber melhor algumas opiniões expressas no Insurgente ou no Blasfémias, e mesmo algumas diferenças de opinião entre os escribas do Corta-Fitas. A direita portuguesa não é toda igual, e enquanto o Partido Social Democrata de Passos Coelho — aquilo a que chamo de “direita medíocre” — entra agora numa deriva liberal (um dia destes o partido muda de nome), o CDS/PP assume cada vez mais uma linha política conservadora.

É bom que se separem as águas e que ninguém coma “gato por lebre”.

30 comentários »

  1. Muito boas observações.
    Mas me parece válido notar que o que você e o Olavo estão atacando, e com razão, é a prática liberal economicista, fundamentada na supremacia do mercado. A qual é materialista em essência, assim como o marxismo.
    De qualquer forma, acredito que o pensamento dito conservador, baseado em valores morais e humanos mais consolidados, ainda pode (e deve) conviver com a defesa da liberdade num outro sentido, especialmente a liberdade de comunicação, fundamental em democracia, sem a qual o próprio conservadorismo tende a ser esmagado, como já acontece em tantos lugares do mundo.
    Saudações.

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    Comentar por livrexpress — Sábado, 3 Julho 2010 @ 7:25 am | Responder

  2. Orlando, se por um momento ignorarmos os princípios abstractos e os conceitos que enquadram esta ou aquela maneira de encarar a economia, verificamos que tais discussões muito servem para distrair e obscurecer o que efectivamente se passa no terreno. Veja (ou vejam) isto: http://www.youtube.com/user/TheAlexJonesChannel#p/u/1/QrC9pp1SHF4
    Começo a julgar a tal direita mediocre como deslubrada ou provinciana (na melhor das hipóteses) ou simplesmente a soldo de alguma coisa. Ao fim ao cabo, na prática não passam da versão “capitalista” dos “idiotas úteis” da esquerda.
    Eu insisto na ideia que a coisa é mais sinistra do que se diz mas quase sempre recebo aquele displicente e cómodo comentário da “teoria da conspiração”. Sempre é mais fácil e dispensa trabalho de investigação. E presta-se muito bem a sobrancerias de néscios vaidosos.

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    Comentar por P. Marcos — Sábado, 3 Julho 2010 @ 3:31 pm | Responder

    • @ P Marcos

      O Alex Jones tem razão em muitas coisas, mas também é verdade que ele tem a tendência para exagerar um pouquinho noutras. Contudo, ele tem razão quando denuncia os grupos ligados a Bilderberg dos Rockfellers e Cia. que, explicando a traço grosso, pretendem estabelecer a nível global o modelo político chinês que elimina a classe média, elimina os valores religiosos da sociedade e transforma o ser humano em uma mera peça de um sistema neoliberal que é o corolário do liberalismo como religião política — naquilo que Olavo de Carvalho descreve como “um momento do processo revolucionário”.

      Nós não podemos esquecer que a família Rockefeller financiou a União Soviética de Estaline enquanto este inventava os Gulag; a mesma família financiou o regime nazi para que este se pudesse preparar para a guerra. E é a mesma família, sempre associada a outros liberais, que estão agora por detrás de Bilderberg, que tem em Pinto Balsemão o seu agente máximo em Portugal.

      Naturalmente que o liberal submete a moral, a ética e os valores humanitários ao mercado ( = tudo se compra e vende, sem limites ou critérios), e por isso está sempre a “soldo de alguma coisa”. Portanto, não tenho dúvidas absolutamente nenhumas de que certa blogosfera anda a soldo.

      As definições das coisas têm a vantagem de incomodar quem se aproveita da indefinição e da confusão para ganhar vantagem. Eu tenho um especial gosto pelas definições, mesmo que esteja errado em um momento, e tenha que redefinir em um segundo momento. O Olavo de Carvalho nada mais fez do que definir.

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      Comentar por O. Braga — Sábado, 3 Julho 2010 @ 6:14 pm | Responder

  3. Sem querer menosprezar o esforço em querer bem definir as palavras e os conceitos! Porque subvertendo o significado das palavras é negar o seu valor e o que representam.

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    Comentar por P. Marcos — Sábado, 3 Julho 2010 @ 4:32 pm | Responder

  4. […] Desde logo, Ernest Sternberg confunde “liberalismo” com “conservadorismo”. Remeto para este postal a definição das diferenças entre uma coisa e outra. Depois, Ernest Sternberg não se refere, em […]

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    Pingback por O Neopuritanismo ou o Purificacionismo (1) « perspectivas — Quarta-feira, 7 Julho 2010 @ 12:20 am | Responder

  5. Outra explicação muito interessante das diferenças entre conservador e liberal(embora eu não concorde com todo o texto) pode ser encontrada aqui:

    http://ozconservative.blogspot.com/2007/04/what-is-conservatism.html

    Um aspecto interessante do texto, é que o autor também aborda a questão da obsessão dos liberais com a masturbação intelectual, a “utopia futurista” e acima de tudo a sobrevalorização do abstracionismo sobre o ser humano. Algo semelhante ao explicado no texto numero 12 sobre o gnosticismo moderno.

    trecho com grifos meus:

    There are some typical differences between the way that conservatives and liberals think about things. For instance:

    Human nature. Conservatives believe that there exists an essential human nature. This human nature is flawed, having both higher and lower qualities. Our human nature gives a definite direction to our lives. It is a part of the aim of any society, and of every individual, to draw out what is best in our nature, and to repress the worst, a difficult process that might occur over a long period of time.

    Liberals, in contrast, want the individual to be created through his own will and reason. They therefore prefer to view the individual as a “blank slate” without any inherent qualities to influence his behaviour or to encourage particular loyalties or forms of association.

    A further consequence of this belief in the individual as a “blank slate” is that individuals can theoretically be perfected under the right social conditions. Therefore, liberals have often put great faith in the idea of a human progress to perfection, and in the idea of reforming social conditions as a solution to any social problem.

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    Comentar por shâmtia ayômide — Quarta-feira, 7 Julho 2010 @ 2:24 am | Responder

    • O Olavo de Carvalho segue o princípio científico da navalha de Occam: não complicar o que é simples.

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      Comentar por O. Braga — Quarta-feira, 7 Julho 2010 @ 9:14 am | Responder

  6. […] de como o dogma do mercado (o neoliberalismo) está ao serviço do marxismo cultural — o liberalismo “é um momento do processo revolucionário”. Quem ainda tinha dúvidas sobre esta realidade política, só por uma crença irracional no […]

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    Pingback por Sobre a capa da revista Playboy, e Jesus Cristo num bordel « perspectivas — Sexta-feira, 9 Julho 2010 @ 7:36 am | Responder

  7. […] — a educação. Sem uma cultura (seja esta antropológica ou intelectual) e uma educação às direitas, teremos sempre uma economia […]

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    Pingback por A economia torta precisa de uma política conservadora que a endireite « perspectivas — Terça-feira, 8 Março 2011 @ 9:33 pm | Responder

  8. […] seja predominantemente de Esquerda: é também característica de uma certa Direita liberal que, como escreveu Olavo de Carvalho, com “a firme decisão de submeter tudo aos critérios do mercado, inclusive os valores morais e […]

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    Pingback por Um exemplo da sociedade monstruosa que estamos a construir « perspectivas — Quarta-feira, 6 Abril 2011 @ 10:24 am | Responder

  9. […] Por detrás do inverno demográfico português que se agiganta, está a acção da Esquerda política, que inclui o Partido Socialista e mesmo o Partido Social Democrata. Enquanto existe uma esquerda mais radical, composta essencialmente pelo Partido Comunista e pelo Bloco de Esquerda, o Partido Socialista e o Partido Social Democrata fazem parte da chamada “esquerda fabiana” — são apenas dois partidos políticos, mais ou menos liberais na área económica, mas que se constituem como um momento do processo revolucionário. […]

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    Pingback por Os traidores serão julgados, ou a traição acabará com Portugal « perspectivas — Terça-feira, 17 Maio 2011 @ 6:14 pm | Responder

  10. […] Portanto, quando aqui se fala no CDS/PP como sendo um “partido liberal” (no sentido da mistura da doutrina de Hayek e do Objectivismo de Ayn Rand, que é a noção actual de “liberalismo”), essa classificação não coincide com o conteúdo dos estatutos do CDS/PP. Para se ver a diferença que existe entre um liberal e um conservador, aconselho a leitura deste texto. […]

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    Pingback por O CDS/PP e a opinião pessoal de Paulo Portas « perspectivas — Domingo, 29 Maio 2011 @ 9:06 pm | Responder

  11. […] Contudo, convém fazer uma distinção entre Neoliberalismo, por um lado, e Conservadorismo, por outro lado. Olavo de Carvalho faz muito bem essa distinção. […]

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  13. […] neoliberal” (socialistas da Terceira Via incluídos) ele tem alguma razão; mas na medida em que o Neoliberalismo é parte do próprio processo revolucionário que dará vantagem certa à Esquerda totalitária, já não encaramos a revolução como um […]

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    Pingback por “O liberalismo é um momento do processo revolucionário” [Olavo de Carvalho] « perspectivas — Sexta-feira, 13 Janeiro 2012 @ 7:30 pm | Responder

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  19. Estimado Braga

    Segundo T. S. Eliot: “A primeira afirmação importante é que nenhuma cultura apareceu ou se desenvolveu a não ser em conjunto com uma religião; segundo o ponto de vista do observador,a cultura parecerá ser o produto da religião; ou a religião, o produto da cultura. […] Digo apenas que, até onde vão minhas observações, é improvável que haja uma civilização de alto nível onde estejam ausentes tais condições.”

    Já Joseph Ratzinger, ensina em relação ao filosofo alemão Karl Marx : Porque essa “filosofia” é necessariamente uma “praxis” que cria verdade, em fez de pressupô-la. Quem faz de Marx o filósofo da teologia aceita a primazia dos elementos político e econômico que passam a ser as verdadeiras forças da salvação (e quando mal empregados, as forças da desgraça): nessa perspectiva, a salvação do ser humano é realizada pela política e pela economia que determina a face do futuro.”

    Isso, estou de acordo, pois Karl Marx afirma que: “A religião é o ópio do povo”.

    Sendo assim, podemos apontar que a religião, guardando sua integridade, potencializa o ser humano viver a dignidade de sua essência humana, pois é direcionado para o transcendente. Parafraseando sua afirmação, acredito eu, num post sobre metafísica, poderíamos dizer que o conservadorismo é “materializado” numa sociedade que a ética é enraizada no absoluto, caso contrário, as reflexões são inúteis, pois, torna-se improvável que surja uma civilização de alto nível?

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    Comentar por George Valadares — Quinta-feira, 8 Maio 2014 @ 3:12 pm | Responder

    • 1/ Saber quem surgiu primeiro, se a religião se a cultura, é como procurar saber se a galinha nasceu primeiro que o ovo. O Homem é o único ser que tem cultura, e não existe cultura sem religião.

      2/ o marxismo é uma forma de religião, como demonstrou Eric Voegelin. E o Aquecimentismo é outra forma de religião — ambas são religiões ctónicas e imanentes, tal como as religiões do neolítico eram ctónicas e imanentes.

      As grandes civilizações surgiram quando o Homem começou a olhar para o Céu, deixando de olhar para a Terra. Quando o Homem começou a olhar o Céu, as divindades terrestres e imanentes foram sendo abandonadas, e foi então que surgiram as grandes civilizações no Egipto, na Babilónia, ou entre os Maias e Aztecas.

      3/ o marxismo (e o aquecimentismo) são formas de religião que se caracterizam por uma espécie de “retorno moderno ao neolítico inferior” (porque, no neolítico superior começaram a surgir as civilizações que “olhavam o Céu” — embora a História não se repita de forma exacta, há certos padrões históricos que se podem repetir.

      Estas duas formas de religião (o marxismo e o aquecimentismo) são ctónicas, isto é, viradas para a Terra e em detrimento do Céu (em detrimento do Cosmos, do universo): nas religiões políticas modernas, o Céu, ou é colocado em segundo plano, ou é mesmo esquecido.

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      Comentar por O. Braga — Quinta-feira, 8 Maio 2014 @ 4:21 pm | Responder

  20. Correção da vigésima postagem do artigo “A diferença entre um conservador e um liberal” .

    Onde se lê
    Sendo assim, podemos apontar que a religião, guardando sua integridade, potencializa o ser humano viver a dignidade de sua essência humana, pois é direcionado para o transcendente. Parafraseando sua afirmação, acredito eu, num post sobre metafísica, poderíamos dizer que o conservadorismo é “materializado” numa sociedade que a ética é enraizada no absoluto, caso contrário, as reflexões são inúteis, pois, torna-se improvável que surja uma civilização de alto nível?

    Deve ser lê
    .
    Sendo assim, podemos apontar que a religião, guardando sua integridade, potencializa o ser humano viver a dignidade de sua essência humana, pois o mesmo, é direcionado para o transcendente. Parafraseando sua afirmação, acredito eu, num post sobre metafísica, poderíamos dizer que o conservadorismo é “materializado” numa sociedade que a ética é enraizada no absoluto, caso contrário, as reflexões são inúteis, pois, torna-se improvável que surja uma civilização de alto nível?

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    Comentar por George Valadares — Quinta-feira, 8 Maio 2014 @ 3:21 pm | Responder

  21. […] Alguém comentou aqui: […]

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    Pingback por As religiões políticas modernas são ctónicas | perspectivas — Quinta-feira, 8 Maio 2014 @ 4:34 pm | Responder

  22. […] exemplo, com Manuel Alegre, Raquel Varela confunde “conservadorismo” com “neoliberalismo” (ver ligação sobre a diferença entre os dois conceitos). O que se passa hoje em Portugal não tem nada a ver com conservadorismo, mas antes tem tudo a ver […]

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    Pingback por A dissonância cognitiva da Raquel Varela | perspectivas — Domingo, 11 Maio 2014 @ 9:25 pm | Responder

  23. […] no sentido do “liberal” actual que Olavo de Carvalho faz a sua crítica, na medida em que o chamado “liberalismo” actual (que advém de uma corruptela ideológica de […]

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    Pingback por ¿O que é o “liberalismo”? | Escólios — Sábado, 26 Janeiro 2019 @ 6:33 pm | Responder

  24. […] no sentido do “liberal” actual que Olavo de Carvalho faz a sua crítica, na medida em que o chamado “liberalismo” actual (que advém de uma corruptela ideológica de […]

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    Pingback por ¿O que é o “liberalismo”? | perspectivas — Sábado, 26 Janeiro 2019 @ 6:37 pm | Responder

  25. […] o burro, ser “liberal” é defender um modelo de sociedade onde o direito às preferências arbitrárias só é limitado por um… (ou seja, “vale tudo, até arrancar olhos!”); mas o “liberalismo clássico” não defende […]

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    Pingback por Burro todos os dias ! (graças a Deus! Mas já não há paciência!) | perspectivas — Sábado, 25 Janeiro 2020 @ 6:02 pm | Responder

  26. […] o burro, ser “liberal” é defender um modelo de sociedade onde o direito às preferências arbitrárias só é limitado por um… (ou seja, “vale tudo, até arrancar olhos!”); mas o “liberalismo clássico” não defende […]

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