Se a Grécia, Portugal, Espanha, Itália e a Irlanda conseguirem manter-se no Euro, apesar dos respectivos planos económicos de crescimento (PEC) que não servem para muito mais do que para adiar os respectivos problemas, é certo que a Alemanha considera já a sua saída unilateral do Euro (ver a entrevista de Joachim Fels — ao jornal Handelsblatt de há três dias —, dirigente da Morgan Stanley na Alemanha, que diz que esta “possibilidade é muito provável”).
A União Europeia só tem um caminho (estreito e imediatista) para salvar o Euro: fechar-se do ponto de vista económico, pelo menos provisoriamente. Impor taxas de importação mais altas a partir de determinadas importações do exterior. Ora o problema é que a necessidade provisória de fechar a economia da zona Euro vai contra os dogmas libertários dos sequazes de Hayek. E em nome de dogmas económicos, o Euro está condenado à morte. Não há lura por onde saia coelho.
O problema do Euro não está só nos PIIGS. A França e a Bélgica estão com enormes dificuldades para conter os défices públicos, e praticamente todos os países da zona Euro têm défices superiores a 3% em relação ao PIB. Os PIIGS são apenas a ponta do icebergue.
O caso da Grécia não tem solução na situação actual do país. A intenção da Grécia em reduzir o seu défice estatal em 10% em três anos, é conversa para boi dormir. A Grécia só conseguiria isso por dois caminhos:
- O primeiro caminho seria através da desvalorização da moeda (o Euro) que implicaria, por essa via, a cobrança indirecta e gradativa de impostos, por um lado, e tornaria mais competitiva as suas exportações de bens e serviços, por outro lado; ora esta situação não se coloca porque a Grécia não pode desvalorizar o Euro.
- O segundo caminho seria uma política de cortes salariais radicais e drásticos , tanto na função pública como no sector privado, e de tal forma que faria regredir a Grécia, em apenas três anos, ao nível da economia que tinha em princípios dos anos 80 do século passado — e não já à situação mais confortável que tinha há dez anos antes de entrar no Euro. Em suma, a Grécia seria atirada para a idade da pedra em três anos. Ora ninguém acredita que isto aconteça.
O que falta saber sobre o Euro é se será a Alemanha, a Holanda e a Finlândia a sair, ou se será Portugal, Grécia, Espanha e/ou a Itália a sair. A dúvida está apenas em saber quem sai primeiro, porque já não há dúvidas que o Euro não tem viabilidade, devido não só à inexistência de uma centralização política na União Europeia (o levaria ao Diktat da Alemanha e a uma edição mais suave da política de Hitler), mas também devido às diferenças culturais na Europa.
A União Europeia vai arrebentar ao mesmo tempo que o Euro dá o “peido mestre”. E quem me chamou maluco desde há 4 ou 5 anos quando eu me referia à incoerência do Euro, que engula agora a pastilha.
O Presidente da Italia, berço da unica civilizaçao verdadeira que e embora os comunas odeiem a ideia, por odiar a realidade, e a Civilizaçao Ocidental o resto e apenas isso ou seja resto. Disse que os paises europeus aceitariam a soberania russa. A Uniao Europeia tem apenas o efeito paralizante da soberania dos diversos paises que a compoem ate q a Russia possa invadir a mesma entao. Sera o fim, quem viver vera. Liberdade Proletaria para todos os que nao pertencerem a mafia russa.
GostarGostar
Comentar por Kalashnikov — Sábado, 24 Abril 2010 @ 11:19 pm |
[…] É uma questão de pouco tempo: a União Europeia vai arrebentar « perspectivas. Share this:EmailGostar disto:GostoBe the first to like this post. Deixe um […]
GostarGostar
Pingback por O que eu escrevi em Abril de 2010 « perspectivas — Quarta-feira, 2 Novembro 2011 @ 7:11 am |