Vejo cada vez mais gente da classe média/alta e na casa dos quarenta anos com ameaças de AVC, estadas no hospital, e outros que vão desta para melhor. O que se passa? Não é suposto que tanta gente padeça do coração aos 40 anos… A procura do “status” social impele a sociedade de tal forma que as pessoas esquecem-se dos cuidados mais básicos e da sua auto-preservação.
Cada vez mais há gente a dormir mal as noites, ou dormem-nas à base de soporíferos, alimentam-se mal porque não sobra tempo, vivem a vida freneticamente como se o mundo acabasse amanhã e o estatuto social findasse com ele. A ambição profissional e o desejo de posse material têm limites que as pessoas já não reconhecem; e passam os primeiros vinte anos da sua vida profissional ou adulta em busca das coisas do mundo quando correm o risco de perder tudo em poucos minutos…
A vida é para ser vivida como nós a queremos viver, e não em função dos outros ou das pressões sociais. Se pelo facto de nos preservarmos das incontinências do mundo perdemos a atenção do glamour social, melhor para nós. O mundo só merece aquilo que nós lhe quisermos dar; não temos dívidas para com ele a ponto de nos suicidarmos em nome da sua glória.
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