
A singularidade chinesa consiste na manipulação cultural de mais de dois mil anos de confucionismo por parte de uma ideologia “animalista” (marxismo maoísta). O maoísmo assentou na hegemonia da classe camponesa, enquanto que o leninismo assentava na hegemonia da classe operária.
Com a industrialização, os camponeses são esquecidos pelo regime chinês e o maoísmo transforma-se paulatinamente em um fascismo, na medida em que a ditadura chinesa adoptou um corporativismo em que o Estado tem cada vez menos influência directa na gestão das empresas industriais.
Cresce agora na China uma super-burguesia nacional elitista e oligárquica, detentora dos meios de produção; prolifera a burocracia de Estado e a corrupção no funcionalismo público, e o capital internacional transformou a China em uma ditadura fascista, a tal ponto de o conjunto da economia chinesa (Banca, super-burguesia) ser detentora de quase a totalidade do valor em Dólares da dívida externa dos Estados Unidos — enquanto que os salários do povo chinês são dos mais baixos do mundo.
Porém, trata-se de um fascismo diferente do europeu da primeira metade do século XX porque ao contrário deste, o fascismo chinês passou através do crivo do marxismo, o que o torna algo de completamente diferente e novo. É a componente marxista do fascismo chinês — aliada à passividade cultural e política do povo chinês, herdada do confucionismo — que torna o regime uma monstruosidade ideológica.
A União Europeia é, de facto, um outro projecto fascista que tem a China como paradigma.
Naturalmente que os engenheiros sociais globalistas ― e os seus “intelectuais orgânicos” ― sabem que as condições culturais, na Europa e na China, são diferentes.
A construção do leviatão europeu está na génese de uma fasciszação da Europa ocidental, utilizando não o maoísmo ou o leninismo, porque isso seria impossível, mas o gramscianismo (António Gramsci) dos socialistas fabianos da terceira via (Gordon Brown, Zapatero, Sócrates, etc.). E por isso é que a política fascista e europeísta se cala em relação às atrocidades maoístas, porque o regime chinês passou de facto a ser um exemplo recomendado pela Nova Ordem Mundial.
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