O nosso grande problema é o da formação das elites que eduquem e dirijam a Nação. A sua fraqueza ou deficiência é a mais grave crise nacional. Só as gerações em marcha, se devidamente aproveitadas, nos fornecerão os dirigentes – governantes, técnicos, professores, sacerdotes, chefes do trabalho, operários especializados – indispensáveis à nossa completa renovação. Considero até mais urgente a constituição de vastas elites do que ensinar toda a gente a ler. É que os grandes problemas nacionais têm de ser resolvidos, não pelo povo, mas pelas elites enquadrando as massas.“
Obviamente não concordo com os trechos sublinhados, mas não nos podemos esquecer que foram escritos numa determinada época, em que as elites portuguesas tinham sido desbaratadas por um republicanismo anarquista, radical e jacobino, com recurso sistemático ao assassínio de políticos. Entre ensinar o povo a ler e a necessidade de reerguer essas elites, Salazar optou pela segunda via. Só não vejo em que uma coisa é incompatível com a outra.
A ideia do “português preguiçoso” é recorrente, mas falsa, isto é, o português não é mais preguiçoso do que outro membro de outra nação qualquer. O que falta ao povo português é um desígnio unificador que teve no passado mas que a Europa se encarregou de lhe retirar a partir das invasões napoleónicas. Portugal tem sido alvo de um saque ideológico castrador da sua vontade por parte do jacobinismo-maçónico, que se mantém até hoje.
Salazar refere-se ao Modernismo e à implantação do comunismo e do nazismo. Esta frase de Salazar é a “prova provada” de que a Direita Extrema portuguesa confunde o Corporativismo do Estado Novo, que nada tinha de socialista mas que era nacionalista, com o colectivismo introduzido pelo Modernismo através do comunismo e do nazismo.
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