O que vem depois do “casamento” gay? Tudo o que possamos imaginar.
Neste artigo assinado pela activista política “gay” Nancy Polikoff, antevemos o que vai acontecer se o “casamento” gay se estabelecer legalmente nos Estados Unidos. Polikoff defende que os direitos do casamento devem ser estendidos não só aos casados ― hetero ou homo ― mas a um leque mais alargado de pessoas. Por exemplo: gente que “vive junto” e que não assumiu uma união-de-facto por desconhecimento da lei; para estas pessoas, Polikoff defende que a união-de-facto deve ser assumida pela lei de uma forma automática, sem necessidade de os interessados solicitarem o estatuto de união-de-facto. Pergunto: Como é que isto é possível senão numa ditadura sob a capa de “democracia”? E se o casal não quiser a união-de-facto?
Outro exemplo: nos Estados Unidos (como cá) uma mulher que não tem o direito a exigir uma indemnização pela morte do seu noivo num acidente ― porque não são casados, obviamente. Segundo Polikoff, alguém nessas condições deveria ter esse direito. Bom, abre-se a caixa-de-pandora. E porque não o direito de uma mulher ser indemnizada pela morte do namorado que conheceu ontem na discoteca?
Polikoff defende a ideia de que o casamento não deve ser necessário para que alguns direitos sejam atribuídos a toda a gente, independentemente de serem casados ou não, incluindo pessoas que vivem relações polígamas e gente que vive em relacionamentos múltiplos ― por exemplo: 3 homens que vivem juntos com 5 mulheres, vulgarmente chamado de “poliamoria”.
Vejam: por um lado, Polikoff defende o “casamento” gay; por outro lado, desvaloriza o casamento. Estão a ver o filme? O que está por detrás do “casamento” gay é a luta política ― de origem marxista cultural ― que pretende acabar simplesmente com o casamento. Em vez de se dar a possibilidade de as pessoas se casarem ou não, optando pelo melhor para elas, o sistema passa a abranger indiscriminadamente as pessoas na sua globalidade, sem atender aos direitos e interesses individuais em presença.
Se a ideia de Polikoff vingar ― que é a ideia de quem promove o “casamento” gay ― não só a feitura das leis se tornará muito confusa e praticamente ininteligível (as pessoas abrangidas pelas excepções passam a ser tantas como as pessoas para quem a regra legal é feita), como o casamento passa a não fazer sentido nenhum. O casamento passará a ser uma instituição religiosa, e só. Provavelmente, dentro de alguns anos só os católicos e professantes de outras religiões serão casados.
Pergunto: o povo não tem uma palavra a dizer sobre isto?
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