A inflação de licenciados leva empresas ao desprezo pela licenciatura. Não se trata de um acto de gestão: nenhum acto de boa gestão aconselharia a selecção de pessoal baseada no eventual excesso de habilitações académicas. Tão pouco se trata procurar pagar o menos possível, porque sabemos de licenciados a trabalhar em caixas de supermercados. Estamos em presença de um preconceito negativo, de algo que não tem uma explicação lógica e racional.
Este anúncio não difere muito dos preconceitos negativos habituais dos empregadores saloios que temos; revela a mentalidade de merda dos nossos empresários, e como este país não muda com os patrões que temos, por mais que se alterem as leis laborais.
A selecção de pessoal é sempre baseada num pré-determinado perfil, mas esse perfil é definido em termos mínimos, e não colocando tectos máximos de performance do trabalhador. É absolutamente ridículo que se defenda que um trabalhador é “demasiado capaz” para uma determinada tarefa; isto só é possível no mundo da estupidez saloia do patronato português.
Este país não é para licenciados (a sério)!
Já devias ter percebido…
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Comentar por cap — Terça-feira, 1 Julho 2008 @ 11:50 pm |