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Domingo, 30 Setembro 2012

A “extrema-direita”, segundo o padrão politicamente correcto do José Pacheco Pereira

Filed under: A vida custa — O. Braga @ 3:44 pm
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Referia-me essencialmente a “prender os políticos, não pagar aos bancos, confiscar o dinheiro aos ricos e “renegociar a dívida””, propostas pela extrema-direita, pelo BE e pelo PCP

via ABRUPTO.

Essa coisa de “a extrema-direita pretender confiscar o dinheiro aos ricos”, é curiosa. O José Pacheco Pereira está a confundir direita com esquerda. O José Pacheco Pereira não se deu conta, ainda, de que a chamada “extrema-direita” é de esquerda. Mas é normal, vindo do José Pacheco Pereira: quem militou na esquerda radical acaba por perder referências políticas.

Quando uma pessoa, como o José Pacheco Pereira, não percebe que o PNR, por exemplo, é um partido socialista, não admira que o país esteja como está. O que o José Pacheco Pereira está a fazer, é demagogia. Ou então anda muito confuso.

5 comentários »

  1. Manifesto “Nacionalismo-Renovador”
    Nacionais-Renovadores
    O Nacionalismo Português para o século XXI

    | INTRODUÇÃO |

    O combate político, longe de ser estático, tem que saber interpretar os sinais dos tempos, adequar-se à sua época e fazer passar a mensagem ideológica de que se reclama portador. Contudo, sem nunca trair os seus próprios fundamentos.

    Tal combate pressupõe estágios de evolução e maturação, requerendo os passos de coragem necessários ao seu crescimento e que impeçam qualquer atrofiamento, pois estagnar é morrer!

    Estamos a viver precisamente um desses momentos decisivos em que se impõe um passo em frente, indispensável à credibilidade e amadurecimento do PNR e do Nacionalismo Português.

    Se há onze anos atrás o PNR teve o mérito de ser criado, rasgando horizontes para o Nacionalismo em Portugal, impensáveis nos vinte cinco anos que o precederam, de igual modo teve o mérito de vingar e resultar no maior êxito de algum projecto Nacionalista pós-25 de Abril, não só pela sua durabilidade, mas também pelo que, de forma incontornável e inegável, já marcou na agenda política em Portugal. Goste-se ou não, queira-se ou não, o PNR é o partido Nacionalista Português, com um projecto próprio e mensagem singular.

    Ao longo da sua curta história, viveram-se muitos acertos e desacertos, esperanças e desilusões, vitórias e fracassos no seu percurso acidentado mas, sobretudo, o cunho que sobressai e permanece, é de constância, determinação e amadurecimento, constituindo um fenómeno positivo e uma inegável vitória na área Nacionalista, cuja história dos últimos 40 anos tem demonstrado ser tão frágil e problemática por muitas e variadas razões.

    Passada a era da sua fundação, seguiu-se a da afirmação e depois a da consolidação. Partamos pois, agora, para a da renovação: inventiva e criadora.

    | UM PASSO EM FRENTE |

    É chegado, assim, o momento de se dar o passo já anteriormente referido, com implicações internas e externas, e cujo impacte, assim o desejamos e esperamos, se traduza pelo encetar de um caminho de inovação, com os pés na terra, hoje, mas com os olhos postos no amanhã. Numa ideia, pretendemos desvendar e trilhar o caminho de um Nacionalismo moderno e apelativo, que toque as pessoas e as conquiste para a causa: o Nacionalismo-Renovador.

    Viveram-se longos anos de tentativas falhadas e expectativas goradas no sentido de se unificar várias tendências dentro do chamado movimento Nacionalista, e a sensação continua a ser aquela de estarmos num beco ideológico e com grande dificuldade em passar a nossa mensagem; de lutar em várias frentes, sendo as mais árduas destas, a das lutas internas e a do bloqueio e desinformação da comunicação social.

    O PNR não é uma associação, clube ou grupo de amigos que trabalhe só para dentro e fale para os já convencidos. Pelo contrário, temos vocação e desejo de vir a ser poder, para o que, urge a capacidade, vontade e coragem de Renovar o combate e o estilo, a estratégia e a mensagem, a estética e a linguagem, de modo a que se enquadrem na nossa época e nas nossas circunstâncias.

    O nosso ADN é Nacionalista, e as nossas referências históricas também o são! Não renegamos, por isso, nada daquilo que somos. Mas mal de nós se não soubermos destrinçar o essencial do acessório e não libertarmos os fundamentos que nos norteiam dos circunstancialismos temporais. Mal de nós, se nos isolarmos num gueto ideológico, cristalizado no tempo, que não chega às pessoas nem deixa marca na História. Compete-nos a missão de relançar o Nacionalismo com âncoras firmes na nossa Identidade, Cultura e História, mas adaptado aos tempos de hoje.

    É chegada a hora de dizer basta aos anacronismos lunáticos e aos saudosismos estéreis que ainda minam a área Nacionalista.

    | RENOVAR: O QUÊ E PORQUÊ? |

    Portugal precisa de nós, que somos a verdadeira Alternativa ao regime vigente, Hoje e Agora: com ideias modernas e claras e o olhar posto no amanhã. E para isso já não servem antigos modelos e métodos, que têm o seu lugar na História, mas “são águas passadas que não movem os moinhos” do Presente e do Futuro.

    Portugal precisa de ver Renovada a Fé dos Portugueses nos “seus” e na sua Nação, mas para isso, precisa de modelos em que acreditar e de caminhos onde veja esperança e objectivos.

    Precisa de Renovar os Valores e mudar mentalidades. Sem estes, não existe sistema politico algum que sirva a Nação e o seu Povo. A sociedade é composta de seres humanos díspares e imperfeitos e, como tal, não almejamos um modelo social utópico ou moralista, mas um sistema em que os valores estejam presentes e moldem mentalidades e condutas.

    Precisa de Renovar o conceito de Identidade e Comunidade – amplamente ameaçado, mas ainda muito presente nas nossas vilas e aldeias, guardiãs das tradições – e incutir em cada um de nós o sentido, gosto e missão de contribuir para o objectivo e desígnio nacional: a promoção social e o progresso do país em prol de um Estado Nacional e Social.

    Importa Renovar o conceito de Nacionalismo, adaptando-o às necessidades e realidades de hoje, sem nunca perder o ADN que nos caracteriza, sem nunca abdicar dos nossos Valores e Fundamentos, mas compreendendo, na complexidade do mundo actual, as soluções realistas que interpelem as pessoas, fazendo com que se identifiquem e se revejam nas nossas causas e propostas.

    Doravante, na área Nacionalista, na militância no PNR e sobretudo nos seus dirigentes, não podem coexistir sectarismos e divergências inúteis, nem identificações e filiações ideológicas estéreis e vãs. As referências e influências mais profundas de cada um, devem ser respeitadas e estimadas, mas restritas à esfera do individual e privado, já que nada criam na discussão vazia de uma esfera pública. O fundamental é construir as bases de um Nacionalismo Português Actual. Somos Nacionalistas, e isso basta para nos definir. Somos Nacionais-Renovadores e isso enquadra-nos, dando corpo e sentido ao nosso trabalho e à nossa luta.

    No contexto actual, civilizacional, de permanente mutação e dúvida, de caos e incerteza, de destruição de valores, identidades, soberanias e economias, onde os desafios são inúmeros – das comunicações à geopolítica, da economia à tecnologia, do ambiente aos modelos sociais – cabe aos nacionalistas batermo-nos sempre pela essência dos valores que defendemos e não obstinadamente por esta ou aquela forma.

    Na defesa e fortalecimento dos nossos valores e causas – Nação, Identidade, Soberania, Família e Trabalho – defendemos o papel preponderante do Estado.

    Não queremos mais Estado ou menos Estado, porque sim, presos aos preconceitos em voga, de pendor Liberal ou de pendor Socialista. No primeiro caso, a tendência é para um Estado quase espectador da lei da selva, usurária, imposta pela iniciativa privada e pela economia totalitária. No segundo caso, a tendência é para um Estado subsidiário, abrigo de toda a espécie de parasitas, castrador e igualitário.

    O nosso modelo é o de um Estado eficaz, cuja existência é imprescindível, mas sem gorduras nem peso inútil ou atrofiador. Não deve haver presença do Estado onde ela não seja realmente necessária. Deve haver lugar à iniciativa privada e respeito pela propriedade privada.

    O Estado é fundamental e tem que ser forte, mas naquilo que lhe compete estritamente: regular e fiscalizar a sociedade civil, promover a Justiça-Social e impedir toda a espécie de abusos, de desigualdades gritantes, e de igualitarismos.

    Ao Estado compete assegurar o controlo de todos os sectores vitais para o bem-estar da população e da economia e soberania nacionais, como sejam os transportes, comunicações, energias e recursos naturais.

    Ao Estado compete garantir sempre e em cada momento, a maior Independência Nacional possível e a mais ampla margem na escolha de aliados internacionais e de objectivos político-diplomáticos.

    Assentes assim nesses pressupostos, que constituem as nossas Causas e as nossas metas, lançamos o desafio e as bases para a criação de um Nacionalismo-Renovador, que seja ouvido e acolhido pelos Portugueses. Por Portugal! Para o século XXI.

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    Comentar por Francisco Faria — Domingo, 30 Setembro 2012 @ 10:53 pm | Responder

    • Caro amigo: você plasmou aqui um manifesto que não contradiz, em absolutamente nada, aquilo que eu escrevi no postal: o PNR é um partido socialista.

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      Comentar por O. Braga — Segunda-feira, 1 Outubro 2012 @ 12:41 am | Responder

  2. Claro que é socialista, aliás, é até de extrema-esquerda, pois é nacional-SOCIALISTA como o nazismo.

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    Comentar por Hugo Gaspar — Segunda-feira, 1 Outubro 2012 @ 12:53 am | Responder

  3. O que é ser«de direita» ou «de esquerda» ou de «extrema direita»?

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    Comentar por Alberto Gomes — Segunda-feira, 1 Outubro 2012 @ 9:11 pm | Responder

    • A Esquerda está conotada com o movimento revolucionário; e o que não pertence ao movimento revolucionário não é de Esquerda, e por isso, de Direita.

      Agora, vem a pergunta: ¿o que é o movimento revolucionário?

      Para responder a essa pergunta convém ler a obra de Eric Voegelin.

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      Comentar por O. Braga — Terça-feira, 2 Outubro 2012 @ 6:06 am | Responder


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