perspectivas

Quarta-feira, 22 Agosto 2012

Do totalitarismo suave ao totalitarismo integral

Ezra Levant talks to a Canadian citizen named Allan Eintoss, who was accosted, handcuffed, and threatened with arrest on Saturday for walking his licensed, leashed, well-behaved dog in a public park in Toronto.

The reason? The occasion was the annual anti-Israel Al Quds Day rally, and a group of culture enrichers took exception to having an unclean animal come so close to their women.

via Man handcuffed for walking his dog in Toronto park in vicinity of Muslims.

Um cidadão canadiano foi detido e algemado pela polícia quando passeava o seu cão por um parque público na cidade de Toronto, no Canadá. A razão da detenção esteve ligada ao seu cão: acontece que naquele momento decorria uma Manif anti-Israel nesse mesmo parque, organizada por militantes radicais islâmicos; e como o cão é considerado pelo Islão como um animal impuro, o passeio canino pelo parque público foi considerado pela polícia canadiana como uma provocação.

Este tipo de acção policial é programada politicamente; é propositado. Os regimes ditos “democráticos” ocidentais criaram propositadamente as condições necessárias para que a polícia possa agir de forma quase arbitrária, ao mesmo tempo que se reivindica que a acção de repressão policial defende putativos “direitos humanos”.

E por isso, os regimes ditos “democráticos” multiplicam ad infinitum os direitos humanos: criam-se novos “direitos humanos” todos os dias, de maneira a que a polícia possa ter cada vez mais razões para reprimir o cidadão comum no seu dia-a-dia. Esta é a estratégia política que o Bloco de Esquerda e a ala radical do Partido Socialista defendem para Portugal, e que felizmente ainda não surtiu grande efeito.

A repressão policial sistemática do cidadão comum, justificada pela defesa de novos e imaginativos “direitos humanos”, cria um clima de medo generalizado que é transversal a toda a sociedade. Cria-se, assim, um totalitarismo suave que tende a endurecer a sua acção repressora e censória à medida em que novos “direitos humanos” são criados, até que se chegue a um determinado ponto em que existem tantos tipos de “direitos humanos” diferentes que um cidadão não se pode movimentar na praça pública sem correr no risco de ser detido por um delito qualquer.

Nesta última fase do processo de totalitarização da sociedade, já não existirá um totalitarismo suave, mas já um totalitarismo integral; e a justiça passará, então, a ser objecto de total discricionariedade das elites neognósticas instaladas no Poder. As eleições transformam-se, nesta fase, apenas numa formalidade e perdem o seu conteúdo político propriamente dito, na medida em que todos os partidos políticos concorrentes às eleições terão que obedecer necessariamente a um determinado padrão ideológico fundamental e politicamente correcto.

1 Comentário »

  1. Ora aí está um motivo para as pessoas deixarem de votar em partidos políticos, acabando com a partidocracia, que sustenta a discricionaridade das elites neognósticas. No entanto, o problema é muito complexo.
    Como virar as costas a quem supostamente nos alimenta? Estamos atados de pés e mãos ao esquema democrático mafioso montado pela elite neognóstica. A sociedade está a desintegrar-se e nem sequer se apercebe destes pormenores, como o caso acima retratado pelo cidadão canadiano, prelúdio daquilo que está por vir.
    Um dia destes, em algumas zonas ocidentais, todas as pessoas usarão burka e comerão carne halal, sob pena de prisão se não o fizerem; um verdadeiro extermínio dos “direitos humanos”. Do totalitarismo suave ao totalitarismo integral, passando pela negação da inversão e da inversão da negação.

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    Comentar por Filipe Crisóstomo (@Skedsen) — Quarta-feira, 22 Agosto 2012 @ 4:39 pm | Responder


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